Web 2.0 e LMS's

"É uma tecnologia? É uma filosofia? Ou simplesmente um hype de marketing? A web 2.0 é um conceito tão fluido que mesmo os especialistas concordam com seu significado. Alguns nem mesmo acham que uma definição seja necessária. Mas a maioria deles concorda em um ponto: a Web 2.0 é uma tendência arrebatadora que está mudando a internet"
Bradley L. Jones - publicado na obra: Web 2.0 Heroes.






sábado, 4 de setembro de 2010

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Qual o impacto da Web 2.0 no contexto dos LMS's?
Aguardamos contribuições:

3 comentários:

Wannessa disse...

Na aula do dia 02/07/2010 da disciplina de Tecnologias para Educação Virtual Interativa ministrada pelo professor Romero Tori, foi realizada uma atividade que tinha como proposta a discussão sobre “Web 2.0 versus LMS” e “Web 2.0 e Objetos de Aprendizagem”.

As discussões preliminares foram direcionadas ao entendimento da Web 2.0. Uma síntese da definição da Web 2.0 “é prossumidor mais internet como plataforma”.
Outra etapa da atividade foi a discussão sobre Web 2.0 versus LMS (Learning Management System) tratado pelo grupo formado por: Evandro, Clóvis, João Paulo, Alexandre e Wannessa. O professor Romero levantou uma discussão a partir da questão: É necessário, uma evolução dos atuais LMS ou uma revolução?

A respeito dos LMS no contexto da Web 2.0, a princípio é vislumbrada a necessidade de uma revolução dos atuais LMS. Porém foi ressaltada a importância de não reinventar todos os serviços, mas sim aproveitar o que já funciona na Web 2.0 e que é adotado pela comunidade na web nos novos LMS’s. Por outro lado, a característica apresentada nos LMS’s, de tentar centralizar todos os recursos em uma única ferramenta, na Web 2.0 ocorre o contrário, tem muitas opções e tudo disseminado. Um desafio é utilizar ferramentas da Web 2.0 para centralizar artefatos da disciplina, considerando o grande numero de ferramentas disponíveis.

Evandro César Freiberger disse...

Antes do advento da Web 2.0, os LMS ofereciam além de uma ferramenta de gestão de programas de aprendizagem, uma caixa de ferramentas que alunos e professores usavam, tanto para as atividades acadêmicas, quanto para comunicações pessoais entre os componentes dos grupos de estudo. Com a Web 2.0, ferramentas como: e-mails, comunicadores instantâneos, chats, fóruns, repositórios on-line são obtidas gratuitamente e de forma mais aberta que nos LMS.

Algumas alternativas de LMS's estão disponibilizando estruturas mais flexíveis de composição de ferramentas. O Tidia-ae (Projeto desenvolvido em um consócio de várias instituições de ensino e pesquisas do Estado de São Paulo) traz como proposta a flexibilidade de incorporação de ferramentas de apoio a atividades de aprendizagem. A partir do Tidia-ae podem ser acessadas ferramentas já utilizadas na web 2.0, a exemplo Youtube, e outro LMS, a exemplo o Col.

A tendência é que as ferramentas da Web 2.0, façam parte de uma caixa de ferramentas para a aprendizagem, onde os professores e alunos podem montar a sua própria caixa. Um desafio será dosar quais serão usadas em detrimento às necessidades pessoais ou do programa de aprendizagem. Outro desafio será a de conciliar as ferramentas, login’s de usuários, padrões de conteúdo das ferramentas da Web 2.0 em um ambiente direcionado a apresentação, organização, acompanhamento e avaliação de atividades de aprendizagem. Provavelmente a solução para explorar o potencial da Web 2.0 como ferramenta de aprendizagem ainda não exista por completo.

Wannessa disse...

Nessa discussão do uso adequado de ferramentas da Web 2.0 para o ensino-aprendizado, frente a grande variedade de ferramentas existentes, embora caracterizado como um desafio, é preciso também ressaltar uma vantagem de todas essas opções de ferramentas na Web 2.0: os softwares utilizados no processo de ensino aprendizado não serão vinculados a único fornecedor, assim como, o ensino não estará vinculado a um método pedagógico específico. Os LMS’s tradicionais, geralmente são baseados em alguma abordagem pedagógica.

Hoje, com as ferramentas da Web 2.0, tanto as instituições de ensino como os professores perderam o controle do caminho que o aluno percorre para o aprendizado, passando o caminho a ser mais individual, não linear e holístico. Esses ambientes de aprendizado, os LMS’s, podem ser caracterizados como ilhas e lugares “estéreis [Carlos Valente e João Mattar, 2007, in: "Second Life e Web 2.0 na educação: o potencial revolucionário das novas tecnologias."]. As instituições de ensino de certo modo tentaram, com o uso dos LMS’s tradicionais controlar o aprendizado baseado na internet, definir o caminho que o aluno deve percorrer, tentando definir de antemão tudo que vai ocorrer em um curso.

Os atuais LMS’s apresentam várias limitações, dentre elas, a falta de reaproveitamento de cadastros de outros LMS’s, pois não é comum integrações ou reaproveitamento entre os LMS’s. Isso ocorre porque nem todos LMS’s são baseados em padrões para elaboração de objetos de aprendizagem, o que gera dificuldade de reaproveitamento. Os LMS são fechados com acesso restrito, e geralmente possuem funções semelhantes, utilizadas por grupos de usuários isolados. E ainda, muitas ferramentas disponibilizadas nos LMS’s, não são compartilhadas por usuários fora do ambiente, a exemplo Chat, Wikis, tornando redundantes, pois a maioria das pessoas já utilizam ferramentas semelhantes fora do LMS. No início dos LMS’essas ferramentas eram novidades, porém com a evolução da Web essas ferramentas estão difundidas e muito utilizadas. Trazendo um desconforto para o usuário ter que “logar” no LMS para acessar, por exemplo, um chat.

Aspectos como esses, não representam mais a expectativa dos alunos que entram nas universidades, hoje esses jovens possuem características diferentes, conforme reflexão apresentada no vídeo disponível no YouTube Rafinha 2.0 (link http://www.youtube.com/watch?v=UI2m5knVrvg), que retrata o jovem frente a tecnológica nos dias de hoje. Atualmente o aprendiz participa da organização de seu próprio aprendizado e isso é um processo contínuo ao longo do aprendizado, e não é baseado em uma única fonte.